Qual e a melhor musica do novo cd do Paulo Miklos MIklos - " A gente mora no agora"

domingo, 8 de novembro de 2015

Paulo Miklos invade o teatro

Paulo Miklos invade o teatro 

Vocalista dos Titãs estreia nos palcos em janeiro de 2016 com o espetáculo “Chet Baker, Apenas um Sopro”





São Paulo. O titã Paulo Miklos há tempos adentrou o terreno do cinema: já foi matador de aluguel (“O Invasor”), chefão do crime (“Estômago”), cantor de bar (“É Proibido Fumar”) e até Adoniran Barbosa (no curta “Dá Licença de Contar”). Agora, fará sua estreia no teatro, como o trompetista norte-americano Chet Baker (1929-1988).
Miklos integra o elenco de “Chet Baker, Apenas um Sopro”, texto de Sérgio Roveri com direção de José Roberto Jardim, que estreia no dia 18 de janeiro, no CCBB de São Paulo.
“Tinha uma vontade enorme de fazer teatro. Trabalhar em filmes alargou meu horizonte como artista. E minha experiência (de músico) é no palco”, diz o vocalista dos Titãs.
Ele e a equipe começaram a trabalhar o texto nesta semana. “Tudo é surpreendente para mim. Estou me sentido como no primeiro dia em que entrei num set de cinema”.
``Não se trata de um musical ou de uma peça dumental`` conta Roveri "A trama é fictícia, mais  faz referencia a fatos reais da vida do trompetista"A história se passa em um dia dentro de um estúdio: retrata um Chet na casa dos 40 anos, de volta à ativa após mais de um ano longe da música. Em 1968, ele levou uma surra depois de um show e perdeu os dentes da frente. Não conseguiu tocar trompete até receber uma dentadura meses depois. Fez bicos nesse período, trabalhando até de frentista.
No estúdio, o trompetista tenta retomar sua carreira gravando um disco de grandes sucessos com uma cantora (Nathalia Dill), um contrabaixista (Jonathas Joba), um pianista (Piero Damiani) e um bateirista (Ladislau Kardos).“É um momento em que ele está inseguro. E isso faz dele um cara muito arredio”, diz o dramaturgo. “Ele era muito bad boy, tinha um envolvimento grande com drogas”, continua Miklos sobre o viciado em heroína. “Um aprisionamento da alma em torno daquela maravilha de música que era capaz de traduzir. É esse Chet que estou tateando.
SEDUTOR. Executada pelo elenco, a música entra para costurar a trama. “Todo mundo aqui tem uma experiência musical e interpretativa. Era importante que os atores fossem musicistas”, afirma o diretor.
Os demais músicos servem de contraponto à figura conturbada de Chet. Levantam discussões sobre as mudanças na música e se aquele jeito jazzístico de cantar e tocar estava com os dias contados.
Alice, a cantora interpretada por Nathalia (sua primeira atuação no teatro paulistano), é um resumo das mulheres que se envolveram com Chet.
“Não tem como falar de Chet sem as figuras femininas do seu entorno”, diz a atriz. “Ele era muito sedutor. Não só com mulheres, mas também com amigos e músicos”, completa Nathalia.
A beleza do trompetista, que era comparada à do astro James Dean, também atraía a atenção da moda.
“Ele tinha uma coisa muito conceitual sobre a imagem dele. Meio despretensiosa, casual”, conta Miklos. “E era consciente desse poder de sedução, sabia tirar proveito disso”, completa Roveri.


FONTE: http://www.otempo.com.br/divers%C3%A3o/magazine/paulo-miklos-invade-o-teatro-1.1159685