Filme com Glória Pires no elenco foi ovacionado e pode levar o Candango hoje, no encerramento
POR GUILHERME SCARPA
Rio - Hoje à noite, quando forem anunciados os vencedores da 42ª edição do Festival de Brasília, não deve haver surpresas. Exibido domingo, ‘É Proibido Fumar’, de Anna Muylaert, ovacionado ao fim da sessão, tem chance de arrebatar os principais prêmios Candango. Este ano, apenas dois filmes de ficção estão entre os seis da categoria de longas. E como ‘Homem Mau Dorme Bem’, de Geraldo Moraes, causou bocejos no sábado, com seu roteiro confuso, o documentário ‘Filhos de João — Admirável Mundo Novo Baiano’, de Henrique Dantas, comentadíssimo, talvez seja o único concorrente de peso.
É Proibido Fumar’, que estreia dia 4 nos cinemas, repete a fórmula de ‘Durval Discos’, de 2002: música, cotidiano e humor negro. “Demorei a ajustar como queria, mas dei sequência à experiência”, revela Muylaert, que não pensava em Glória Pires para fazer Baby, professora de violão quarentona, que busca um amor e fuma compulsivamente.“Tínhamos outras atrizes. Mas mandamos o roteiro e ela topou”, diz. No filme, Baby se apaixona pelo vizinho, um músico (Paulo Miklos) de churrascaria, e é capaz de tudo para fisgá-lo. “Gostei de fazer um personagem parecido comigo desta vez”, diz Miklos, que estreou no cinema com ‘O Invasor’, de 2001.Para Glória, a experiência transcendeu. “Aprendi a tocar violão! Adorei trabalhar com o Paulo”, conta ela, que deve levar o Candango de Melhor Atriz. “Gosto das premiações. São um incentivo”, diz Glória, modesta. Já Miklos tem como concorrente Luiz Carlos Vasconcelos, que faz um delicado trabalho de composição em ‘Homem Mau’. “Achei que eu estava ‘over’ numa cena e pedi para trocarem”, entrega Luiz Carlos, que usou prótese dentária no filme.Os outros concorrentes a melhor filmeAlém de ‘É Proibido Fumar’, ‘Homem Mau Dorme Bem’ e ‘Filhos de João’, três documentários disputam o prêmio de Melhor Filme. ‘Perdão Mister Fiel’, de Jorge Oliveira, investiga os cárceres privados da ditadura no Brasil. Apesar de revelações interessantes, tem um roteiro desestruturado. ‘Quebradeiras’, de Evaldo Mocarzel, traz uma fotografia estonteante para mostrar o cotidiano das quebradeiras de coco do Sertão do Nordeste, mas cansa o espectador. O mineiro ‘A Falta Que Me Faz’, de Marília Rocha, examina a vida de adolescentes sem perspectiva, que vivem ao norte de Minas Gerais.
FONTE: http://odia.terra.com.br/
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
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